Que dia mais estranho para se fazer anos...

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29 Fevereiro de 1972.
Nasceste às 4 da tarde. Com 4, 5 kg.
Segundo "reza a lenda" na noite anterior, depois de uma barrigada de tangerinas, deves ter ficado enjoado e resolveste: Está na hora!

O que sei é o que ouço contar e o que vejo pelas fotos. Parecias um puto giro, e bem disposto. Parece também que um bocado "avariado" da cabeça ao ponto de te deitares no chão no meio da estrada só para que te fizessem as vontades, e de dares caneladas ao avô João...

Já não te conheci assim... Quer dizer conheci, mas não me lembro. Parece que 8 anos depois, quando nasci, eras o meu guarda costas. Ninguém se podia aproximar muito, mas mais importante, ninguém podia respirar para cima de mim se ter a mão à frente, por causa dos micróbios. Tu lá davas o recado.

Devia ser um boneco nas tuas mãos.
Sempre protector. Ainda hoje és assim, ainda que o demonstres de outras maneiras.

Entretanto enquanto crescias ias te afastando... Lembro-me de teres o cabelo à tigela e louro na altura que te dizias surfista. Mas passámos fases complicadas (que ainda acontecessem de vez enquando), mas sei que gostas de mim. Parti-te a cabeça uma vez, tal era a raiva... porque não me ligares nenhuma. Sempre são quase 9 anos de diferença.

Agora fazemos alguns programas juntos. Depende das fases. Nem que seja quando estás mais em baixo e lá te lembras que tens uma irmã.

Não sei se pelas tangerinas, se pelo dia 29, ou se simplemente por ti, tens um feitio tramado. És esquisito, comichoso, chato como o raio quando queres. Mas também como todos nós tens um coração do tamanho do mundo. Dás a tua camisola preferida a um dos teus amigos se ele estiver com frio. Não és capaz de cobrar por um trabalho a um amigo. E tens os mesmo amigos desde que nasceste.

Escolheste o dia mais estranho para nascer. Só fazes anos de 4 em anos o que faz de ti muito mais novo do que eu. Tens portanto 8 anos (os mesmos que tinhas quando eu nasci ) e só em 2008, fazes os 9.

Com todas coisas estranhas acabas sempre por não querer festejar os teus aniversários. E a duvida impõe-se: Quando festejar? Dia 28 de Fevereiro, ou último dia do mês de Fevereiro, porque é Fevereiro. Ou o dia 1 de Março porque é o dia a seguir ao dia 28 de Fevereiro? Enfim... acabas por receber os parabéns repartidos por dois dias.

Parabéns Tátá!
Gosto de ti!


Se sonhas que tenho fotos tuas aqui no blog... nem sei o que me fazes...

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Zeca

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Antes de conseguir entender o que era direita e esquerda, já te conhecia. Antes de saber escrever o meu nome.
A ti, à tua voz, à tua música. Às emoções que me ajudaram a crescer.
Foste provavelmente o primeiro a despertar em mim a atenção para a música e para os poemas. Inconscientemente, naquela altura.
Foste, até pela doença, próximo. Porque a doença foi a mesma, e a hora da despedida muito próxima.
Hoje por todo o País assinalam 20 anos que nos deixaste.
Muitos te cantam. Eu também. Tantas vezes :D
Obrigada por tanto.

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hoje podia ser quinta feira outra vez...

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Diz que...

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SIM!

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Sonhei-te!

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Sonhei-te.
Apesar de não saber quase nada de ti, a não ser o que os nossos olhares dizem quando se cruzam, sonhei contigo a noite toda.
Tentava ajudar-te a fugir das más companhias. A reagires. A não te deixares levar pela fraqueza...

Sonhei-te: Revi o teu olhar. Aquele que me prende. E que nunca me deixa indiferente.

Espero que estejas bem.

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O Futuro

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A possibilidade de escolher e deixar escolher...

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Não sou fundamentalista, ouço e entendo algumas das posições pelo NÃO, ainda que ache que o caminho não passa, por tapar os olhos e os ouvidos e deixar tudo como está quando temos a possibilidade de mudar alguma coisa.
É óbvio que somos todos contra o aborto. Isso não se põe em causa sequer.
No próximo domingo vou votar SIM, porque se um dia passar por uma situação semelhante quero ter a possibilidade de escolher o que julgo melhor para mim e para a minha vida. E ninguém melhor que eu saberá o que será o melhor para mim.

Já o disse várias vezes: Não sei se alguma vez, se passar por uma dessas situações, terei a coragem para o fazer, mas gostava de saber que o meu País me dá essa possibilidade de o fazer em condições humanas, longe de um qualquer vão de escada e sem risco de vida. De me deixar decidir.

A Rita Ferro Rodrigues escreveu um texto no seu blog que me parece ilustrar claramente as razões pelas quais voto sim. Vale a pena lê-lo.

Voto sim pela igualdade de oportunidades, pela igualdade de tratamento.
Pela possibilidade de poder escolher. Pela resposabilidade do ser humano.

Deixêmo-nos de fundamentalismos. De hipocrisias. Sejamos práticos. Honestos.
No domingo, Voto sim ao fim do aborto clandestino e à possibilidade de escolha da mulher.

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Maus Hábitos

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Para muitos é isso que tenho. Maus hábitos.
O de não saber viver bem o dia. De por vezes não aproveitar muito da luz e o dia.
A verdade é que quando há trabalho que exige concentração, escolho quase sempre a noite.
Prefiro a paz da noite, à confusão da manhã para trabalhar.
Encontro mais concentração quando todos decidem dormir. Quando se trabalha em casa e há aspiradores, camapinhas a tocar, conversas cruzadas, portas a abrir e a fechar, acreditem que escolher a noite para trabalhar é simplemente o mais sensato.

E poder dar contas das rotinas nocturas, como é a recolha do lixo, ou a chegada dos vendedores e das mercadorias ao mercado à porta de casa todas as madrugadas, ajudam a pontuam uma imensidão de silêncio que me acompanha.

O mau hábito de fazer um lanche às 4 da manhã com pão às vezes quentinho acabadinho de fazer é para mim uma refeição tão ou mais completa que qualquer pequeno almoço feito de manhã.

São hábitos.
Adquirem-se.
Perdem-se se for preciso.

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