Eu e as flores...

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casa . novembro . 2004

Acho que nunca recebi flores... deve ser por isso que gosto tanto de as oferecer.

E de as comprar. Não tanto como gostaria... mas não nem sempre "há tempo" para tamanho luxo.

Gosto das cores.
Do cheiro.
Da sua presença.
Da energia que transmitem.

De há uns anos para cá, encontrei nas flores uma forma de transmitir o meu estado de espirito. Estas foram das flores mais vivas que já ti. Vivas, pelas cores e pelo tempo que ficaram comigo.


Ai ai..... Buddha!

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Foto: Prakash Hatvalne

Está comprovado... o sono quando aparece é para todos...


Ai.... Sporting... Sporting.....

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Confesso que não sou muito de superstições, mas quando no dia 4 de Maio vi no blog Dias úteis, do P, não fiquei indiferente... não quis ligar muito mas... a verdade é que as suas previsões são mesmo infalíveis.

O P dizia:

Após aturada reflexão...aí está: Benfica campeão. Sporting perde final da taça UEFA contra o CSKA. FC Porto fica em segundo lugar no campeonato. Trabalhadores do Comercio reunem-se de novo e gravam disco de retumbante sucesso.O concerto dos Duran Duran vai ser grandioso porque emotivo, mas o som vai estar foleiro.E finalmente: antes do fim do ano exibirei uma elegancia invejavel e discretamente musculada e desistirei da alimentação duvidosa. A sério. Acabaram-se as gomas.


Pensei que ele apesar de Benfiquista doente, estava a torcer pelo Sporting...
Mas pronto... não vai ser por isso que o vou deixar de ouvir... :P
Acho mesmo que o melhor é começar a dar mais atenção ao que ele diz....

Agora só falta mesmo os Trabalhadores do Comércio reunirem-se e gravarem o tal disco de retumbante sucesso... a partir de agora, já acredito em tudo.


E por vezes... também se fazem coisas boas na televisão

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Tenho apanhado, nos muitos zappings que faço, (às vezes a horas muito tardias) um programa que acho mto bom. Sobre poesia. na RTP. Um conceito, para mim, muito interessante. Convidam um artista, seja músico, actor, talvez até escritores, jornalistas, palhaços... não sei. Vi há uns tempos o Camané, e mais recentemente, a actriz Beatriz Batarda. Cada convidado, diz um poema, numa realização diferente, actual, com um grafismo limpo e um pouco urbano.
Aí está uma forma de promover a poesia portuguesa. A cultura portuguesa, sem que esta pareça um bicho papão inacessível há maior parte da sociedade.
Gostei.

Ficou-me na cabeça este poema de David Mourão-Ferreira

E por vezes

E por vezes as noites duram meses
E por vezes os meses oceanos
E por vezes os braços que apertamos
nunca mais são os mesmos E por vezes

encontramos de nós em poucos meses
o que a noite nos fez em muitos anos
E por vezes fingimos que lembramos
E por vezes lembramos que por vezes

ao tomarmos o gosto aos oceanos
só o sarro das noites não dos meses
lá no fundo dos copos encontramos

E por vezes sorrimos ou choramos
E por vezes por vezes ah por vezes
num segundo se envolam tantos anos.

David Mourão-Ferreira


A morte chegou aos 120

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Foto: Phototex/EPA

A chinesa Li Cairong entrou para o Guinness Book of Records em Fevereiro de 2005 por ser a pessoa mais velha no mundo, com 120 anos. Na segunda-feira, morreu em casa, na localidade de Linken, província de Guangdong. Cairong atribuía a sua longevidade à natureza que a rodeava e ao facto de ter sido sempre fisicamente activa.
in Jornal Público 13 . Maio . 2005
Será que vamos chegar lá?...
Eu... cheira-me que nem perto...
Ai... ai.... incrível....


Passaram agora por mim a caminho de casa…

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Tenho passado algumas tardes no Jardim das Amoreiras. Foi a minha primeira grande descoberta em Lisboa, quando entrei no Técnico. A aldeia dentro da grande cidade. Um ponto no mapa, mas talvez dos mais fortes em emoções. Tenho acompanhado alguns momentos engraçados. Muitas histórias passam e não ficam na memória. Outras, ficaram e fazem-me sorrir. Até sozinha.

O local: Jardim das amoreiras – um parque infantil.
Tempo: Um qualquer dia da semana, durante a tarde.
Intervenientes: Uma avó e uma neta.
Figurantes: O escorrega, o balde, os baloiços, mas participam na cena.

A avó, usa um chapéu, no cimo da cabeça, sem ser enterrado. O chapéu deve trazê-lo sempre na esperança do dia em que a neta o queira pôr. As crianças são diabólicas. A neta, não pára, corre do escorrega para as cordas, dos baloiços para os balde e formas. A avó faz com ela bolinhos de areia, como se de um lanche especial se tratasse. Outras vezes, senta-se no final do escorrega e fica a olhá-la.

Hoje, estão mesmo de frente para mim, que estou na esplanada a tentar trabalhar. No outro dia, não resisti e fotografei-as.


Jardim das Amoreiras . 26 Abril . 2005

Agora, a Avó, está a olhar para mim. Ups!!!! Fui apanhada?!! :S Gostava de ter aqui a máquina e ter coragem para a fotografar e conseguir transmitir aquilo que vejo.

A Avó ralha à sua neta... bela imagem, esta também!!!! Faz parte… deve estar a fazer qualquer coisa de errado na receita dos bolos de areia;)

Faz-me lembrar coisas minhas. Eu também ia para o parque depois do colégio com a minha avó… e ela ficava sentada no banco, a ver-me esfolar o joelhos… e cansar-me, mesmo depois de um dia de escola. Ou então, como diz a minha mãe, gostava de ficar no meu quarto comigo e deixar-me desarrumar tudo e poder fazer todas as brincadeiras que me davam na cabeça na altura. Ela ria-se enquanto fazia palavras cruzadas ou ouvi o terço, sempre sagrado, às 6 da tarde.

A menina deve ser feliz. Pelo menos parece. Tem um sorriso de quem precisa destas horas do dia, para que seja um dia bom.

De repente como todas as raparigas, mesmo quando têm 4 anos, são muito autónomas... Pegou no balde e nas formas e encaminhou-se para a saída do parque. Abriu a porta, e saiu…. Olhou para trás como quem diz: “Vou-me embora! Já não quero estar mais aqui…” e começou a andar… Passou por mim e olhou-me de passagem… depois olhou para trás, como quem dizia: “Vá venha Avó… vamos embora.”

A Avó… que se vai desequilibrando, lá se levantou do escorrega e começou a sair… enquanto a chamava…. Entretanto sentou-se no banco, já no jardim - pertinho de mim - para tirar a areia dos chinelos… aqueles chinelos de avós… (a minha tinha uns iguais). E a neta lá se acabou por render...

Autonomia não é independência…. Principalmente aos 4 anos. Lá voltou para trás e sentou-se ao lado da Avó… a descansar do curto rasgo de independência e de estar feliz...


Passaram agora por mim a caminho de casa…
Jardim das Amoreiras . 5 Maio . 2005


E eu sei dar por isso muito bem...

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juromenha . janeiro . 2003


O meu olhar é nítido como um girassol.
Tenho o costume de andar pelas estradas
Olhando para a direita e para a esquerda,
E de vez em quando olhando para trás...
E o que vejo a cada momento
É aquilo que nunca antes eu tinha visto,
E eu sei dar por isso muito bem...
(...)

Alberto Caeiro, em "O Guardador de Rebanhos", 8-3-1914


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