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Publicado quinta-feira, junho 29, 2006 por Unknown às 20:38 *
Coimbra . Maio . 2006
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Publicado quarta-feira, junho 28, 2006 por Unknown às 02:52 *
Levo-te para te deitar. Passamos pela casa de banho. Ajudo-te: Logo no 1º dia partiste o toalheiro com tanta força que fizeste para te levantar. Só espero que pelo menos o lavatório se aguente. Continuamos o caminho na bela cadeira improvisada de rodas: - Pé esquerdo no chão. Faz força. Agarra-te bem que eu tou a segurar a cadeira. Apoia-te em mim. A perna direita para a frente, nao a deixes pôr no chão. Já está! Desde sexta tem sido assim... Abro-te a cama. Componho-te as pernas para que te possas virar sem teres dores. Ponho uma almofada no meio das pernas como a Dra. Crujo me ensinou. Depois o gel voltaren no peito. Tapo-te. Deixo-te um copo com água e os lenços de papel à mão. E despeço-me: - Vá, dorme bem. Vê se descansas. Amanhã já tas melhor! Estou aqui no quarto ao lado, se precisares de alguma coisa chama-me. Boa noite!
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Publicado sexta-feira, junho 23, 2006 por Unknown às 02:56 *
A professora Manuela é daquelas professoras que ficou na minha vida. Decididamente. Apesar de ter mantido contacto com alguns dos professores do ciclo (que foram como segundos pais), com a prof. Manuela é diferente.
Lembro-me de ficar a olhar para ela durante as aulas e pensar: - Quando for grande gostava de ser como ela!
Apesar da disciplina de Historia nunca ter sido das minhas preferidas, especialmente a parte dos egipcios e afins... sempre fiz um esforço por estudar mais, porque para decorar (que foi desde sempre um dos meus maiores handicaps) nunca tive mesmo grande jeito.
Com ela comecei a compreender a historia da cidades. A razão porque as casas começaram por ser redondas e sem paredes... Como é que uma simples muralha alterava o estatuto e os direitos de uma pessoa na sociedade. Com ela comecei a dar importancia à Cultura. Ao que é nosso. Ao patrimonio. A compreender a sociedade.
Há 2 ou 3 dias, reencontrei-a. Desta vez no supermercado. Chamou-me. - Joana! Tenho me lembrado tanto de ti !- disse ela enquanto me cumprimentava. - E tenho me lembrado de si, professora. Muito. - Ando para te ligar... temos de combinar tomar um café e conversar.
Cada vez que nos encontramos, na rua, sem nenhuma combinaçao, ficamos horas à conversa, como se parecessem só 10 minutos.
Trocamos sempre mensagens no Natal, e até postais. Há uns 5 anos, no Natal recebi um postal seu, sem estar à espera. Tinha encontrado algumas fichas, entre as quais a minha e resolveu mandar-me um postal. Lembro-me da emoção de o ter recebido. A partir daí retomamos um contacto mais regular.
Lembro-me de ter chorado, como poucas vezes chorei, na primeira vez que a re-encontrei na escola, num intervalo, no ano em que decidiu não continuar a dar Historia à nossa turma. Abracei-a a chorar. Tinha 14 anos. Acho que foi das minhas primeiras perdas. Nesse ano, no 1º Periodo (do 9ºAno) tive a minha 1ª e unica negativa da vida (sem contar com a faculdade, claro). Lembro-me de ter vindo conversar comigo e pedir-me para fazer um esforço para melhorar a nota. Que eu era muito melhor. Soube mais tarde que apesar de deixar de ser nossa professora, continuou a acompanhar-nos de muito perto. Ia sabendo como nos corria a vida. Lá acabei por recuperar para um 4, mas a verdade é que nesse ano fizemos a vida negra à nova professora. A mim ficou-me sempre essa atravessada.
A professora Manuela era moderna. Simples e discreta. Sem peneiras. Inteligente. Continua assim. Sempre que ia fazer uma viagem trazia qualquer coisa para nos mostrar. E contava imensas histórias. Lembro-me de numa dessas viagens, ter ido à India e trazer as maos todas pintadas, com uns rabiscos quaisquer, que nos explicou, tim tim por tim tim. Um dia descobriu que a minha mãe, que entretanto era sua colega na mesma escola, era minha mãe. Ficou toda contente. Nessa altura eu já andava no liceu, mas mandava-me sempre beijinhos e perguntava por novidades minhas. Uma dessas vezes que nos encontrámos conversámos sobre a relação com os pais. Contou-me que também chocava com a mãe, mas que tinha resolvido tudo e ficado tudo bem, antes de morrer. Falou-me da falta que sentia deles. Aconselhou-me a que dissesse sempre tudo e que fizesse sempre por resolver os problemas, não deixasse coisas por dizer. Essa conversa deu-me muito que pensar... Tenho orgulho dela por se lembrar de mim. Por mantermos o contacto. Por me dar conselhos. Por falarmos de teatro. Da vida. De gostar como eu dos Jardins de Serralves. Do Castelo. De me ter ensinado a crescer. De me ouvir. Por saber que não se esquece de mim.
Quando nos encontramos conta sempre histórias que eu ja nao me lembro, mas que ela nao se esquece. Sobre as perguntas (parvas) que lhe faziamos. Da vida negra que faziamos a alguns professores.
Não entendo porque é que só falamos e prestamos homenagens às pessoas quando elas morrem. Quero contrariar essa mania idiota. A professora Manuela faz parte da minha vida e por isso estou a falar dela hoje.
E ainda hoje, dei por mim a pensar: - Quando for grande gostava de ser como ela! E gostava que alguém se lembrasse assim de mim, como eu me lembro dela...
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Publicado quinta-feira, junho 22, 2006 por Unknown às 04:50 *
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Publicado quarta-feira, junho 21, 2006 por Unknown às 14:47 *
sempre pensei que os chineses só comiam arroz, mas estava enganada... até nas batatas (cozidas) estão sempre um passo à nossa frente...
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Publicado segunda-feira, junho 19, 2006 por Unknown às 20:18 *
é quando, sem estar à espera, encontramos em menos de 2 dias a mesma pessoa, depois de a não vermos durante meses... Os olhares cruzam-se, o coração pára num segundo, acelera noutro, e o sorriso instala-se na nossa cara. O coração que anda vazio, fica cheio para o resto da tarde. É assim uma boa surpresa.
E eis que este fado se instalou na minha cabeça. O raio da musica... desde sábado que se passeia pela minha cabeça... Desde o dente até ao osso... Tenho braço e pescoço. Como uma amendoa sem caroço! :D
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Publicado quinta-feira, junho 15, 2006 por Unknown às 18:13 *
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Publicado sexta-feira, junho 09, 2006 por Unknown às 13:43 *
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Publicado terça-feira, junho 06, 2006 por Unknown às 13:40 *
E tenho receio de ser a encarnação da mesma.
Acordar de manha, pela fresquinha, e eis que de repente, a nossa cara se transforma numa coisa estranha. Passa para o dobro do tamanho.
"tens compromissos hoje?" "é que tens de ficar em casa. A tua cara vai inchar muito."
É assim quando se arranca um siso. Dizem. Logo já posso confirmar.
"hoje é so sumos, leite, iogurtes liquidos e gelados. E tens de tomar antibiotico 8 dias." Lembro-me que a primeira vez que arranquei um dente, tinha 8 anos e a unica boa compensação foi a desculpa de poder comer gelados, porque a doutora mandava... "a dra. disse que eu tinha de comer gelados, mi! pode ser já?"
hoje a alegria já não é tanta... O pior vai ser mesmo quando a anestesia passar. E as dores começarem a rebentar por aqui.
Não tardam.
Vá lá, desta vez, tive direito a um desconto simpático, por ter arranjado o computador do consultório. :D
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Publicado sábado, junho 03, 2006 por Unknown às 22:00 *
acabei a jantar nas amoreiras, no sushicafe. Ao balcao. Mesmo em frente ao chefe, que me ia aconselhando algumas coisas e que estava muito bem acompanhado. Dois. Morenos. Giraços. Aprendizes, e assistentes do chefe. Pena não terem caracois. Mas vendo bem.. so dei conta disso agora... portanto é porque nao lhes faziam grande falta. Fiquei de voltar. Também para provar o gelado de tempura! :)
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Publicado sexta-feira, junho 02, 2006 por Unknown às 13:17 *
Cortei o cabelo. Descobriram-me mais 2 cabelos brancos, aumentando a contagem para 4. E sonhei toda a noite com as massagens maravilhosas que a cadeira me fez nas costas, enquanto me lavavam o cabelo.
parece que está na moda ilustrar poemas. Quer se esteja no ultimo ano da faculdade, quer no 9º ano.
Depois do pedido da Maria, para o seu trabalho da cadeira que metia analises de fotografias e poesia, ontem foi a vez da minha prima Catarina, me pedir ajuda para ilustrar um poema. Tinha de fazer a análise do poema e queria umas fotos a preto e branco. Lembrou-se de me mim.
Tema: Amor.
O Poema: CEGUEIRA DE AMOR
Fiei-me em promessas que afectavas, Nas lágrimas fingidas que vertias, Nas ternas expressões que me fazias, Nessas mãos com que as minhas apertavas.
Talvez, cruel, que, quando as amimavas, Que eram doutrem na ideia fingirias, E que os olhos banhados mostrarias De pranto, que por outrem derramavas.
Mas eu sou tal, ingrata, que, inda vendo Os meus tristes amores mal seguros, De amar-te nunca, nunca me arrependo.
Ainda adoro os olhos teus perjuros, Ainda amo a quem me mata, ainda acendo Em aras falsas holocaustos puros. Nicolau Tolentino
Quando li o poema fiquei com algumas imagens na minha cabeça, mas não dava tempo para fotografar e onde procurei, não encontrei nada. Acabei por procurar em sites de outros fotógrafos o que ela precisava. Mas hoje quando reli o poema com mais calma, foi imediata a solução. Esta, teria sido a melhor fotografia.
As coisas que se aprendem agora no 9º ano...
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Publicado quinta-feira, junho 01, 2006 por Unknown às 03:52 *
Quem me conhece bem sabe o quão ceptica sou em relação a tudo o que é astrologias, signos e ciencias afins. Durante a ultima aula do curso de fotografia, enquanto estavamos sentados à volta da mesa a seleccionar fotografias para imprimir no laboratório, a conversa surgiu bem de repente como tantas outras, e pela concidencia do aniversario da Ana (uma das colega do curso ali presente). E logo se ouviu um comentário: -Gémeos. Bom signo esse. (dito por alguém que também o era) E eu respondi: -é? então porque? Confesso que não acredito mesmo em nada disso. E eis que a Tania logo responde: -Isso é porque és Leão! (e ri-se com a sua caracteristica gargalhada) Eu fiquei parada. Fiz uma cara meia de espanto, meia de desconfiança. E perguntei: -mas sabes quando eu faço anos? -não. mas acho que és do signo Leão. Vê-se logo. Medo. Mais espanto ainda da minha parte. Mas ainda me disse mais: -Eu também nao acreditava, até ao dia em que adivinhavaram o meu signo. E rematou: -Os Leões tem muitos defeitos. Mas uma coisa é certa: são verdadeiros. Amigos do seu amigo. E quando estão bem, toda a gente sabe que estão bem. Quando não estão, também se vê logo.... E eu... calei-me...
Os olhos dos meus amigos
Olhares obrigatórios
Leituras diárias
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